segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pelo caminho garrafas e cigarros...


Apesar de ler Crepúsculo e ouvir Matanza, aquele grupo de jovens tinha algo a mais em comum. Todos buscavam uma identidante interior que fora perdida em algum momento de suas vidas.
A maneira de se expressarem livremente e o gosto pelas coisas do cotidiando aos poucos foram trocados por José Cuervo, canha barata e um maço de cigarros. Cada início de semana era do mesmo jeito. Cada um em sua casa obedecendo e tentando respeitar as regras do dito "lar". Algumas conversas com desconhecidos, pagamentos em bancos lotados e um tédio que nunca tinha fim. Aos finais de semana esses jovens perambulavam sempre à procura de matéria para preencher o vazio de suas almas. Pela madrugada, caminhavam nas ruas e descontavam sua fúria em garrafas de cerveja velha que catavam uma a uma. Entre eles isso acontecia como um ritual, quase uma competição para testar quem extravazava as amarguras primeiro...O sol bateia na cara e mais um dia vinha dar alô, era hora de voltar para casa, fingir que eram bons moços e que estavam felizes por retomar a rotina.
Horas passaram e as mesmas dúvidas encucaram: Onde encontrar a tão sonhava felicidade? Quem terá roubado a nossa serotonina?



Caso um de vocês descubra, nós, jovens insolentes, aguardamos sua resposta...por favor, deixe-a nos comentários abaixo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

falando em classe...

papo de surdo e mudo

o nascimento
de uma alma
é coisa demorada
não é partido ou jazz
em que se improvise
não é casa moldada
laje que suba fácil
a natureza da gente
não tem disse me disse

no balcão do botequim
a prosa tá parada
não se fala da vida
não acontece nada

se não faltasse trabalho
no meio do barulho
o dia sobra
e sobra muito
papo de surdo e mudo
papo de surdo e mudo
surdo e mudo

ela não passa de onda
paisagem fluminense
parece dia de festa
todo mundo presente
se soubesse rimar
faria um samba antigo
onde reina a calma
e todo mundo é amigo

o calor é sólido
um pedaço eu sinto
como um bafo
e a cachaça
queima bem forte
vibrante e forte
estaria maluco
se não estivesse junto

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009





Sofrimento pra alguns é ser feliz
Pra quem nunca teve nada, um sonho é tudo que quis.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mais mutante que o segredo, olhe os erros sem a Rita Lee

Se ouvissem sinos na igreja, veriam uma bata de cor marrom

E a criança no sinal, sem dom da musica, sem dom por deus

Vivem a lei do caos, vivem a lei do caos

Então escute o que não posso ouvir, então perceba a dor que eu não posso mais sentir

Se os mutantes, os padres e as crianças estão pedindo por dinheiro

O que muda não os segredos, não são os sinos, não são os empregos

Somos nós, pois o mundo esta exatamente igual

A chuva, o sol, o frio isso tudo é exatamente normal, exatamente normal

E eu ainda não compreendi o que fazem os mutantes sem a Rita Lee

O que fazem os monges sem sinos pra tocar

E o que faz essa criança com uma arma na mão, parada no sinal esperando um vacilo de algum cidadão, para entrar com o chumbo dentro da sua cabeça, para ver o seu sangue riscando o retrovisor...

O mundo esta exatamente igual

Um negro presidente ganhando premio mundial

Dizendo que a guerra é necessária, que precisamos vender armas, que precisamos usar as balas, que as crianças vendem no sinal.

Depois de tanto reclamar, veja que nada vai mudar, saiba que ainda temos nossos segredos e que depois que sairmos pela porta dos fundos, os cidadãos de bem vão sentar a sala pra o resumo das tragédias da semana no jornal nacional.

Sem novela, sem drama, sem culpa, sem cama, sem casa, sem vida ela falou no vão do vidro do carro...

... cem gramas!!!

partes

voce sabe que em algum lugar, estao os pedaços

abandonamos toda aquela intensidade, toda aquela distinta falta de responsabilidade

isso por interesses parecidos, isso causas iguais, a felicidade em partes, a caminho sem as partes, em nós dois…

a nossa realidade é outra, a nossa vida é outra, o nosso caminho é outro

por mais que todas as partes sejam iguais, e que tenha sido tao bom…

as bobagens mancharam nossa amizade

as falas sem pensar cairam como pedras no  oceano

ainda que os olhos reflitam muito ou pouco tempo

ainda que a vida junte denovo os pedaços

essa é a mancha dos erros, aquele escuro eu não quero mais

não, não, não, não…

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


A calma que paira pelo ar é uma serena paz exterior, você não entende esses ventos, pois não os vê, a minha paz é um gritar enquanto você dorme tranqüila, mantenha teus olhos fechados, pois a calma que eu respiro, pode ser o sopro do teu viver sonolento, a calma e a paz...