quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Amores Utópicos... Realidade Gris.

Entre parágrafos novos, linhas dispersas, novas paginas em qualquer livro sobre a minha cama, ligo pequenas pontas, pequenos amassados entre os amores que invento pra me sentir bem, querer o que não esta retratado nos meus livros, não sei bem se é querer a palavra, a verdade é que eu nunca quero realmente, por mais que seja real nunca existe atitude ou motivação, minha noção desajeitada de pensar as coisas sempre é lenta demais pra formar palavras em minha boca, sempre um deixar pra lá, deixe estar, pensamento qualquer, covarde doutrinado para calar-se.
 
Os livros me leem com modesta alegria de história que não cativa, que não chama atenção, mas toca a curiosidade sobre uma mudança qualquer, mudanças nunca fizeram parte de mim, mudanças são mais difíceis que virar paginas e rabiscar nos espaços em branco. me sinto confortável com todo esse cinza, mas não há felicidade em toda falta de algo menos quimérico pra abraçar.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sabor

Estou eu extasiado a te admirar, olhar-te, observar-te, eu estaria a notar os teus detalhes, olhos, boca, o molhar dos lábios, as lagrimas que não caem.

Não fosse eu tão apático e trágico, ter-te-ia mais perto a mim, seria eu ladrão dos teus beijos, algoz furtador do teu ar, respira o mínimo possível, sorrindo sem soltar os lábios teus da minha boca.

As incompreensivas extremidades dos meus dedos a tatear nua pele em busca dos calafrios, do sabor morno do teu pescoço, do pulsar acelerado do sangue quente sob a branca e polida obsessão dos olhos meus, sempre a desenhar a próxima letra do teu romance sem fim.

Se fosse eu o assassino frio da minha covardia, se fosse eu o carrasco das minhas angustias, ter-te-ia sob o sol do entardecer voando alto em meus braços, e algum sal pra dourar a carne, algum grato coração, vermelho, quente, delirante parte em minhas mãos parte em minha boca.


Sempre respiro fundo quando estou próximo, cheirar-te, desejar-te, quero aprender o seu caminho pra casa... segurar sua mão e correr sem parar.