quarta-feira, 23 de outubro de 2013

cinco ou seis linhas pra você

o sol depois da chuva, nunca é tão satisfatório.
o momento de breu enquanto as nuvens dançam no céu
o vento balançando as arvores, 
o teu sorriso na memória do som da chuva quando os olhos
sempre que acaba, sempre que se vai, sinto sua falta e a angustia por não saber quando ou se vai voltar.

domingo, 20 de outubro de 2013

era eu quem tava esperando algum motivo pra sacar a minha pistola apontar pra minha cabeça e disparar...
você me dava esmola, aumentava o tempo da minha angustia me dizia que tudo isso ia passar...
mas não deixava de ter aquele olhar obcecado sobre tudo...
não deixava de ser, responsável pelas coisas que eu nunca quis fazer
eu ia paralitico insistentemente em linha reta
até o dia em que eu te encontrar, devolver as chaves, pegar as minhas drogas
sair pela sua porta e me jogar no primeiro caminhão
adeus. 

sábado, 19 de outubro de 2013

estrada

dirige o seu carro por ai, noites a dentro e sem destino
suas lagrimas não conduzem a mudar, 
era enfeitada pelo oceano dos olhos brilhando em sal
não via motivos pra tanta tristeza, não via motivos, tanta beleza
achei por segundos que podia mudar seu contexto... 
tristezas e lagrimas em sorrisos, um abraço, um beijo
dirige o seu carro por ai, tentando evitar... 
tentando evitar... 
seus soluços conduzindo suas batidas do coração
tão frágil, tão forte... anda com os olhos fechados
abraçada na solidão.
eu quis...
preocupado, via os faróis a passar, os olhos a piscar
mas continuam lá, cegos em seu completo amor a solidão.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

só jogando palavras aqui, pode ignorá-las

não me dou muito bem com noticias positivas
fico angustiado com a possibilidade de ter sucesso em alguma coisa
sempre me considerei um fracassado
as coisas são simples dessa forma
é daquelas coisas que não se fala o tempo todo
sempre imaginei que o ato de viver é uma bosta, é complicado demais, requer sacrifícios
e eu não gosto
sempre admirei a morte
ou qualquer coisa que fosse não existir
por isso fico trancado sozinho sempre que posso
gosto de não ter motivos pra ser feliz
amo minha família, e sei que ha expectativas em mim
apesar de eu não acreditar nelas
eu queria que fosse mais simples mudar as coisas
ter alguma força de vontade pra me locomover pra qualquer coisa que fosse
não me sinto verdadeiro sorrindo
nem fazendo qualquer coisa,
porem, não tenho a minima vontade de descobrir porque eu existo
queria ser motivado, acreditar nas coisas, mentira, na verdade eu não queria,
mas não é questão de eu gostar ser triste, eu nem sei se eu sou triste afinal
não sei o que ou quem eu sou.
não tenho coragem de fugir...
talvez eu precise de ajuda, talvez...
não sei, não queria desabafar, não quero tapinhas nas costas dizendo que vai ficar tudo bem
não quero apoio sincero, nem os arranhões gratuitos
não quero me divertir como um excêntrico
não tenho certeza...
não preciso de noites de sono ou qualquer coisa...
quero respirar fundo e flutuar até a porta do desespero.
quero voltar a não ser ninguém.
quero... não, não quero.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

pequenas frustrações do cotidiano

pequeninos farelos de pão na toalha da mesa
e eu lá, brincando com as migalhas, tentando faze-las voar por ai
gosto de brincar com minhas migalhas, tanto quanto gosto de esparrar meu tênis e meias pelo quarto, gosto de andar com meia só no pé esquerdo mesmo sem saber porque
não gosto de conversar com as pessoas, no geral prefiro ficar quieto só escutando
raras exceções as pessoas que me cativam palavras a dizer
e os vários abismos entre uma palavra e outra
acabo frustrando as coisas quando gosto delas
é o jeito simples de se sentir inferior, gosto do meu sorriso boba lamento a merda que fiz
pequenas coisas que eu sempre deixo de fazer, 
sempre acabando deixando algo escapar, por medo, insegurança ou pura estupides
mas sempre lembro de ter aproveitado os bons momentos, sempre fico lembrando do cheiro e da cor das coisas enquanto brinco