sexta-feira, 29 de junho de 2012

1º capitulo


( )...era na verdade uma criança com doces olhos verdes, era mendigo de si mesmo, repleto de insatisfação e cansado demais pra tentar mudar algo, olhava as pares, pensava nos quadros, como um vida feita em uma moldura de madeira e as coisas acontecendo ali dentro, desejava esta vida inexistente, só queria não se importar com nada, sem seus detalhes, o frio que entrava pela porta já era demais pro pequeno coração, mas o frio lhe confortava e lhe induzia a abrir um pequena garrafa com um vinho barato, um vinho qualquer pra lhe aquecer o corpo... afinal ele tinha de deixar o frio entrar, esse frio que lhe trazia sua felicidade, um conjunto inexplicável de coisas simples e pensamentos perturbados, era um ser qualquer que ali vivia um vida simples, identificado por alguns como amigo, por outros como pessoa, dito por si mesmo vivo e insatisfeito, passando os dias de seu inverno a olhar a chuva, passando os dias de sua vida a respeitar pequenas coisas, não se encontraria com ninguém em noite alguma, pois na verdade ele só queria mesmo ficar ali, tomar seu vinho barato, ver a luz da TV balançar na parede oposta, olhar os mesmos quadros e imaginar aonde aqueles caminhos iam dar. 

me desculpe você

Desculpa meu bem se tudo que eu quis fazer pra você não foi nada do que você queria pra si
Eu só lamento muito não me importar com os seus desejos, com as suas vontades, com as coisas que você precisava pra viver
Hoje eu nem tento saber se eu podia ter sido melhor, eu nem tento querer ser hoje melhor
Tudo que eu quero, é ver nos olhos de outro alguém
Toda felicidade momentânea que eu não via em você
E te tirar de vez, eu queria beija-lá mais uma vez, sem a intenção de machucar, sem a intenção de lembrar, apenas para esquecer... do gosto, da magica, das palavras que te dei por amor e das coisas que escrevi sem nunca te dar.
Eu poderia sangrar, eu poderia sorrir e você não estaria contente, não pude te agradar e nunca quis poder
Eu só lamento muito nunca ter me importado com você, nem nunca ter acreditado que você poderia me fazer feliz
Desculpa meu bem se tudo que eu quis fazer por você, não passou de coisas baratas que você não poderia tocar nem amar...
As vezes você olha pra trás pra se esquecer dos maus momentos e vomita algumas coisas tristes
Cantadas como musicas, sorria como se o mundo fosse acabar, e eu nunca te dei o que você queria... eu sempre quis um infinito,m quis te ter em partes iguais de cada verso
Eu gostava das brigas a noite, dos sorrisos de dia, gostava da cor dos sapatos
Mas não gostava da vida que eu eu nunca poderia ter ao seu lado...
Eu só lamento por nunca ter colocado fogo nos seus cabelos pra te aquecer no inverno, lamento não ter voado com você por um mundo sem carne.
Lamento a felicidade que sinto por não estar mais sorrindo ao seu lado, desculpe meu bem, por não te dar o que você queria... desculpe por ser mais real do que feliz.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

qualquer um podia ser...

você pode lembrar que qualquer um de nós dentro de si, tem força suficiente para mudar o mundo
que cada um de nós dentro de si, tem força para destruir o mundo
cada um com sua forma única de ver as coisas, diretamente... suspeitando do que está por vir...
cada qual com seu igual, só que diferente... as almas gêmeas separadas na invenção do amor... as vidas roubadas no tiroteio perto de casa... qualquer um podia ser sua metade... qualquer um podia ter sido morto pela bala perdida.

você pode não querer ser alguém, você querer ser o melhor e você pode simplesmente ser só o que der pra ser, sem se importar com nada e nem ninguém... contudo,qualquer um podia ser... qualquer um... só deixar crescer, ame alguém, viva com ninguém, vá fuder na zona se for o caso, amor ou peitos, peitos com amor... a realidade da vida... é que... qualquer um pode escolher qualquer coisa... e qualquer um que sentar do seu lado no ônibus gelado que vai pra escola, no metro carregado que volta do trabalho, na cadeira ao lado na fila do banco, vendo o preço do sabonete na maquina do super mercado... qualquer um, se você quiser, seja homem ou mulher... pode ser quem ia ou vai... te "manter feliz" pra vida inteira.

sábado, 9 de junho de 2012

A foto de um sol que brilhava enquanto o resto do mundo se fingia de morto...


Quando olhava pra ela sentia como se o mundo fosse parar, podia ouvir sua respiração sem querer, via nos olhos um mel escuro feito de puro e doce sabor...

Respirava fundo tentando sentir seu cheiro e ele não vinha, não vinha para meu desespero, eu queria saber que cheiro tinha, queria saber se era cheiro de flor, se era cheiro bom de terra molhada, se era cheiro de chuva gelada no verão, ou de uma ducha quente no inverno...

O sol brilhava forte tornando a pele clara em palavras de amor, mas que amor era esse que eu não tinha? Amor de menina, criança, brincando de infância sem perceber dos problemas do mundo, amor de mulher madura, mulher esperta que sabe que certa a vida não é, amor simples contando de passo em passo a distancia entre um abraço e um sorriso...

Quem sabe um dia se o mundo parar eu pare de olhar, quem sabe quando não tiver mais som, nem cor, as flores se queixem que não vêem sua própria beleza, quem sabe eu estenda os pares de mãos, conte os passos e não conte nenhum, e de amores saberei qual cor, saberei o cheiro, sentirei o sabor, quem sabe um dia os olhos se encham de vida e um sorriso se mostre pra mim, uma mão apareça e meu sonho padeça em domingo qualquer... E eu ainda vou lembrar, que em teus olhos um mel escuro para abraçar. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

a... p... nada...

tinha dias no inverno em que o vento soprava cortando seu sorriso, cortando sua alegria, lhe entristecia os olhos, a pele, a alma... dias de inverno em que ela não queria exatamente nada

segunda-feira, 4 de junho de 2012

necessidade de amor

eu ainda era muito pequeno pra entender das coisas da vida, se bem não existe um tamanho exato pra entender dessas coisas, hoje sou grande e gordo e ainda não entendo nada. Mas naquela época em que eu não enxergava por cima dos balcões e passava agarrado na minha mãe, havia em mim uma necessidade de amor... uma necessidade de ser abraçado, ser querido pelas pessoas, eu acreditava que as pessoas eram boas em toda maioria, pensamentos bobos de uma criança, pensamentos bobos que hoje muito me fazem falta.

eu cresci o mundo foi mudando, as pessoas regredindo a tecnologia avançando e a minha necessidade de amor passando, aprendi que é difícil ser feliz, é mais difícil ainda fazer alguém feliz, ter alguém pra amar não é questão de escolha, e que química não é só algo que eu odiava no colégio... o ser humano esse ato bizarro da natureza, essa junção patética de carne e água, necessita de uma forma desesperada de amor, amor em pó, em barra, o amor em seu estado sólido, liquido e gasoso, um busca por alguém que o aceite... uma busca por alguém que lhe queira bem.

e essa necessidade frágil de amar, que por vezes eu tanto detestei, por vezes tanto tive e por vezes mesmo detestando ainda queria ser assim, só querer ter alguém... e com meu tempo de querer e não querer, de ter e jogar fora, de não mastigar direito... fui reclinando a ilusão de que estar sozinho é bom, na verdade é bom mesmo, mas é engraçado também... talvez me sinta bem tão sozinho, pelo fato de tanto querer ter alguém... ter alguém é ser um só no final das coisas... e eu ainda era muito pequeno pra entender a vida... muito pequeno pra querer alguém, muito pequeno pra achar que o frio é motivo fútil o suficiente pra ter alguma necessidade de amor. 

já não tenho mais a ingenuidade de uma criança, já não tenho mais os olhos tristes de sempre, já não tenho mais a esperança de tudo que está ao alcance das minhas mãos, mas ainda tenho a vontade de ter as coisas que eu não tive ontem, de inventar um jeito novo de amar, de inventar meu próprio amor, e eu não tenho toda essa necessidade de amor, eu nem mesmo acredito que o amor exista. Minha unica necessidade é de não ser de carne e água, tenho a necessidade de não ser humano, tenho a necessidade de deixar meus pensamentos serem mais puros que isso, minha necessidade de criar um mundo infantil, pra conhecer alguém que não viva a necessidade de amor, alguém que consiga criar em mim algo sem nome e mais puro, algo que eu realmente queira chamar de "meu amor". 

maria

cheia de palavras, de frases, de poesia caída no chão
maria tinha um certo gosto de tudo, maria tinha beleza na rua, tinha desgraça
maria era pequeno e monótona, entediante como estar em casa com a televisão ligada
a noite seria grande em alguma forma... com caminhos e fumaça pra seguir, gritos de alegria doce maria
noites festejadas, e uma lua na despedida, maria e seus amores a primeira vista...
maria e sua drogas viciantes, seus sacrifícios a cultura...
maria e seu louvor a musica... maria com seu amor a juventude
maria suma entre as nuvens, e qualquer dia no escuro do acaso...
eu volto a te ver maria.