sábado, 17 de julho de 2010

Dourado das ondas

Um mar das ondas douras, cachos, embaraços, como um liso retrato

Lembro da diferença gritante de novos momentos que se passam, muda como as ondas do seu mar de fios, muda como o frio em volta das arvores azuis, azul que veste e cobre o corpo, sim claro e perto do pecado corpo, linhas discretas das pernas, pescoço de vontade, dente, colo que bebe, beijo, ombros, rosto quase um suspiro, quente, frio. Cinza como um gelo contido e as mãos, lisas como um vento, a boca rosa, vontade de abrigo, muda o segredo, muda, muda tudo diferente, mas as palavras e o sorriso contente me deixam azul, vivo, e quente.

E o mar verde que eu sempre tive, é dourado de ondas, é dourado de fios, é talvez um sabor dourado, mas é cinza com nojo e com botões azuis.

Paulinho da Viola Canta Nervos de Aço(Lupicinio Rodrigues)

peço que nunca me esqueça, pois vou sentir essa dor enquanto eu não esquecer ou enquanto você não se lembrar…

pareço te odiar?

Parece sempre distante e eu escuto sua vóz meio sem entender
É rapido e baixo seu falar, suspiros que não compreendo gritos que me atormentam
Aquela péle que parece tão pura, com olhos tão sujos, sinto um medo quase vulgar
Medo de estar tão perto como já estive, fora do compaço, fora da tom, uma dança torta, uma nota errada
Duas cores tão diferentes, um verde bobo e um castanho escuro, olhos que já estiveram perto, bocas que nunca se tocaram, vozes que não se entendem e um ódio tão perto do amor
Faço-me calar, pois me sinto cego, euforico, errado, culpado, com dor e mudo porque hoje amanheceu um dia escuro, mas lembro do brilho nos olhos e isso me faz lembrar da vóz que eu não entendo, uma palavra e logo volto a te odiar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Branca e fria

É aquela, sim ela, branca, fria e esperta negros cabelos revoltos, ombros cerrados e um cheiro doce no pescoço, olhos escuros com um olhar de ódio compulsivo, esconde nos óculos negros um amor suspeito, é branco pra mim seu cheiro doce, meu ódio e meu amor, boca de algodão, rosada como quem olha uma pelúcia, mãos firmes e finas com um singela e delicada ternura, mas os olhos, castanho, estranho, negro os óculos opaco, limpo, puro, eu gosto do cheiro do seu cabelo, dedos gelados, alma fria e um ódio áspero assim como o amor que sinto no seu doce cheiro.

Pequena Analina

De mãos frágeis e enfezada vontade, da seus passos calmos entre a grama molhada do inverno

Analina menina revolta e cheia de manias, Analina das montanhas de vida nos olhos

Caminhos simples de horizontes que espera achar o que é diferente, sabendo que seus erros vão ser iguais, diferente é a forma que vive, diferente é ter um suspiro mais longo e grito mais curto, Analina, Analina pequena menina do mundo de areia, respira a poluição da perfeição em olhos de madeira tentando encontrar o que seja solido.

Vejo Analina, e eu não a entendo, penso Analina, e não a encontro, Analina não vive mais em um simples grão do seu mundo de areia, Analina e sua duvida é tudo no seu mundo feito de frio, areia e um pouco da espuma do mar.

Sozinho em silencio e com frio

Cada minuto de felicidade é em vão quando não se tem com quem compartilhar
Tenho gostas de alegria pra dar, pra andar por um sol de paixão, a simples corrente de vento gelado que lambe meu rosto, o puro verde no instante que vejo qualquer sorriso, saudade dos velhos tempos dos velhos amigos, saudade de quem sabia mais, de quem podia mais e sempre aproveitar dias especiais.
Agora me vejo um solitário, os ventos que me trouxeram assim levaram os culpados pra longe, deixaram um sozinho em silencio e com frio de não ter ninguém pra sair por ai.

Estrela capaz de brilhar em meu céu como se um fosse sol

Lábios de carne desejável que eu busco roubar um apego

Afago, carinho, desejo eu quero te ver, quero você

Doce teu gosto, morango com menta, um fervor que pouco me lembro

Teu cheiro dos cabelos ao vento, despojo voraz, seduz meus olhos de mar

Saudade do sorriso sincero e inquieto, saudade dos lábios, do beijo, saudade da paz, saudade do teu desejo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

doce sabor do fel…

mas do que real que “tudo que vai deixa o gosto” mas eu gosto de sentir o fel doce e não amargo “ficam as fotos, fica a memoria” boas e ruins e é assim que eu as quero gosto de saber o que vivi, gosto de ter um coraçao feito de retalhos com outros coraçoes a dividir uma vida, por horas que seja é muito bom, por isso tento ver tudo sempre doce, doce memoria e doce será o futuro, sabor de fruto, sei la, tem tantos gostos que ainda nao experimentei, que pra esquecer a dor preciso saber que gosto tem.

a vida que nos deram era pra ser simples, temos livre arbitrio e vivemos intensos como queremos, o que nos transforma é culpa que carregamos por fazer aquilo que não devemos, eu tenho a alma limpa e pura, sem muitos erros, alguns desgostos mas nada demais, pessoa tranquila de poemas pequenos, frases longas e pensamento distante, agora mais maduro e conciente…

“eu sei é um doce te amar, o amargo é querer-te pra mim.”

espuma

o que é a espuma em minha vida, adoro a espuma da coca-cola que coça o meu nariz, assim como a do “próseco”, um café bem batido tem uma espuma apreciavel e amarelada, a cerveja tem seu colarinho dito pelos mais antigos que só quando tivermos mais idade saberemos o apreciar. no final das contas o que é essa espuma nas nossas vidas? as vezes as provocamos a aparecer e ficamos tristes por que ela nao vem, mas em outros momentos elas vem sem ser convidadas e nos trazem um certo desgosto acompanhado, um banho sem espuma não tem graça, um carnal com muita espuma é uma desgraça. espuma é uma coisa que sempre temos na vida, porem ela sai facil na agua e da propria agua se faz, gosto do banho, da coca-cola, do café, mas não gosto da cerveja essa me encomoda um pouco.

domingo, 11 de julho de 2010

desenhos

Desenho formas de pensamento perdidos, estrelas e janelas refletidos em seus olhos, o tempo cai como um fruto maduro que despenca de sua mãe, temos desejos e sempre impuros, deixamos passar os momentos e os perdemos sem se transformarem em fatos, tudo que eu queria era um retrado da felicidade, um retrado desenhando a calma água da vida, você poderia me trazer a luz ou a escuridão, mas optou por ficar onde esta, agora meus desenhos são feitos ao ar e ali se perdem no exato momento em que os termino, quero tudo que seja impuro, e quero colher todos os frutos maduros atirados ao chão.