quarta-feira, 30 de maio de 2012

tudo sem você

hoje eu só quero ter um pouco de esperança pra guardar as coisas que eu não consigo,
guardar na esperança os meus fracassos as minhas vontades não realizadas,
demonstra acaso, pra casa, meu caso, em risadas, salvar as coisas ruins como as ultimas a morrer,
e lembrar todo dia que nada se pode ter tudo, e que tudo que eu quiser vai ser nada, e as minhas pernas vão ir pra onde forem, pois o caminho certo é sempre aquele que se pode andar,
se as coisas dão erradas é por defeitos e questões que devem ser enaltecidas e se o que tu quer é falho por parte de dois em um par, não ser teu querer, a menos que os caminhos se se queiram cruzar, por mais que tu corra sempre voltara ao nada de todo querer e afogado na propria tristeza vai padecer...
querer um abraço pode ser demais pra ter a felicidade por ele, "é que na vida a gente tem que entender, que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri"

segunda-feira, 28 de maio de 2012

laços desconhecidos...

e tais pernas e laços...
desejo lucido de toda boca, desfazer os nós de tinta da pele branca...
debruçava a mulher por cima do mundo, sorria a criança, sabia a pessoa e os sonhos encantados
nela tinha sorrisos, peitos e mãos, desejo de tela, pintura em matéria viva, com sabor de... sabor em cor... em sensações de prazer.
gostosa sensação que o sol dispunha quando se colocava a aquecer seus olhos no inverno, prazer intenso que o frio fazia em arrepiar seus pelos da nuca ao longo das costelas.
caiam castanhos pelo corpo, talvez me lembrassem a chuva, talvez canções de prazeroso pecado...
entre meus olhos respirava a boca.. pernas e laços.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ruas

de tijolos amarelos, de chão batido, de coração partido... rua por onde corre o sangue, rua que leva até o coração...
essa rua quase sem morada, rua sem casas, pessoas dormindo nas calçadas, umas por cima das outras para se esconder do frio, rua la de casa, cheia de perfume das plantas, rua lá de fora cheia de folhas das arvores que a cercão, rua lá da minha vida, onde ninguém sai pra caminhar no fim da tarde, que ninguém usa pra ir pro serviço, tem só um pedágio lá no fim, mas é pra garantir que o dano causado por quem entrar na minha casa, seja pago com um pouco de carinho.
isso, na rua lá do meu coração você pode andar de mãos, pulando como um bobo, pode até ficar sentado esperando um brisa qualquer, na rua do meu coração os tijolos são da cor que você pintar e por mais que eu queira, a minha rua, não é nada sem alguém pra passear nela, na rua lá da minha vida, você pode entrar, e se bem tratar o senhor vivendo e resmunguento que mora na casa "o coração em brasa" da rua tu terás a cor que der, os frutos que quiser, o teu perfume eu espero, e um lugar pra descansar no meu peito.

guarde

não tinha muito mais pra olhar... os olhos dela olhavam o céu e as flores que caiam, meus olhos olhavam ela, sua aparência de menina, sua boca, os cabelos sobre os ombros.
uma vez me contou que não sabia porque as flores choviam em seu caminho, e eu nunca disse que as jogava ao céu pedindo seu calor... lembro de algum sorriso discreto que ela tinha no rosto.
guardei... teus olhos... teu sorriso... guardei a lembrança de você, mas sempre via você indo embora e sempre te queria mais aqui, te queria mais pra mim, menina das flores belas, guarde meu eu, guarde minha vontade...
menina... menina... sei que o perfume das flores vai me lembrar você, espero que elas continuem caindo pra você, e vai sempre o que olhar, assim possa ficar a te ver... menina, guarde as flores que inventei pro teu viver.

não sei...

nem bem, nem exatamente, cada dia... passando, coisas vão acontecendo, caminhos vão sendo tomados, decisões, vontades, palavras são ditas e na maioria das vezes não são compreendidas.
cada pessoa vai fazendo seu melhor, vai vivendo do jeito que dá pra viver, arrumar emprego, cortar as unhas dos pés, sorrir pros outros na rua, ser simpático, ser atraente, respeitável, ser um cidadão.
não que eu não seja, não que eu não queira, só acho que demoro mais que os outros pra me adaptar, não exijo olhares contentes, raramente mostro os dentes, sou meio burro pra aprender a viver.
não sei quantas pessoas passaram por mim, penso em algumas todos os dias, algumas eu lembro que faz anos que não vejo... não sei simplesmente esquecer, não sei... estranho olhar pra traz e não lembrar muita coisa, aprender todos os dias, aprender com os outros, aprender por si mesmo, não sei...
ouvi dizer uma vez que se não pode crescer sozinho, cresça por alguém, crie alguém, ame alguém que te faça crescer... amar é tão mais complicado que viver, querer uma pessoa pra fazer companhia, uma pessoa pra contar as coisas, pra rir junto, ter alguém da trabalho, tem que ser educado, tem que tratar sempre bem, fazer vontades, ser "companheiro".
não sei... se posso viver sozinho, não sei se um dia vou conseguir viver com alguém... não sei... não sei. Sou um grande ponto  " ? "  alguém por favor, me ponha no final de uma frase, ou me responda... faça o que achar melhor.