sábado, 29 de dezembro de 2012

não puxa o meu cabelo


Eu poderia descrever varias coisas, o metal da entrada, o verde das plantas trançando a madeira,
varias coisas eu poderia descrever, objetos, enfeites, móveis, imóvel cada detalhe pra eu descrever,
mas algumas coisas me causam algum fascínio, alguma coisa a mais, 
a companhia é tão boa, e tão boa companhia eu não sei responder, não sei ser...
tentava com afago dar carinho, minha mão pesadas se enrolava nos cabelos,
acorda, não dorme, sorria, descansa, deita a cabeça aqui...
te fazer dormir e te perder, te manter acordada e te perder, tentar te fazer bem e te perder...
aquela conversa que não existe, prefiro escutar e escutar é o que tu prefere fazer, 
"então tu é covarde" palavras verdadeiras que fazem eu me perder,
eu poderia tentar descrever qualquer coisa e eu não conseguiria, mas tudo bem,
vontade, ter ou não ter, tanto faz, de alguma forma, me faz sentir bem,
de qualquer outra forma, eu jamais mataria você. 
qualquer coisa não justifica a covardia, mas não quero tropeçar por ai, não quero te perder. 

domingo, 23 de dezembro de 2012

não deixe de sorrir, antes de dizer ola

eu sinto falta de um mundo como era antes,
das desilusões de não saber o que se quer,
do tempo que tinha pras minhas bobagens,
do desperdício sem controle das intermináveis coisas por fazer.

atirava a vida em riscos e lagos sem fim,
mantinha a vida nos cacos de vidro, enfim,
e toda lua era uma madrugada de oportunidades
e toda a rua, era meu jardim de felicidades.

estamos mais trancados em nossas casas e presos
em nossas grades "repesos", gerando nossa nova energia intelectual
e a roda vai girando, vai girando, vai girando, querendo ou não
estamos mudando pra pior, estamos mudando pra melhor

existem novas coisas pra se preocupar,
existem novas canções, pra decorar,
existe uma nova paisagem em nossos olhos,
toda essa nova roupagem, nova dosagem, de frustrações

não adianta eu não quero mais ter que entender o porque.
não adianta eu não quero mais ter que depender de você, pra desabafar,
mesmo que eu fuja e deixe de pensar em tudo, que já passou,
mesmo que eu fique escondido embaixo dos lençóis por toda manhã

quando precisar você vai aparecer,
e os braços abertos vai encontrar.
você sabe onde me encontrar, e agora,
não fale, não grite, nem olhe, não pisque,
e não deixe de sorrir antes de dizer olá!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

pintada como arte de uma menina em um quadro...

tudo que eu tinha visto até ali era moldura,
como as nuvens as vezes molduram o céu,
eu via a tela atras do vidro, duas telas, dois vidros,
moldura que cobria o sorriso, que tipo de tinta? porque não escorre no calor...
e deixava a moldura de lado, quadro pintado a mão, retocado, feito ao próprio afago de um coração...
me intriga o que eu não conheço, o que eu não entendo, me intriga o que eu não consigo ver...
eu posso sentir tantos cheiros... ver o colorido, ver o preto e branco, posso ver a tinta, com amizade posso até deixar o carinho tocar o quadro, mas não entendo.
com tantos quadros por ai, tantas fotos de paisagem, e eu capaz de passar a madrugada olhando este rosto em tela, com alguns sorrisos, alguma vontade secreta.
não entendo a vontade da tinta em você, admiro a moldura que me desperta interesse, nos seus sons ecoando, quando sai andando e batendo por ai.
quadro vivo, em arte, em parte, quadro se parte? diz que eu mereço, curioso e cheio de duvidas permanecer.
vais recolocando as cores, mudando as tintas, e por minha vontade tirava a moldura e olhava os detalhes dentro das lentes, quadro, fardo meu, quebrado eu, ouvia teu gritar policromático e não entendia uma só palavra... quadro instigante, com sua permissão, gostaria de ficar um tempo, olhando, sentindo, sem falar nada. respirando a arte em você.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

havia se tornado o que?

havia um pequeno pássaro no alto daquela grande arvore, cercado por galho longos e grandes, protegido pelas plumas em seu corpo de pássaro  não sabia voar, nem cantava ainda, mas o pequeno pássaro sempre quis saber o que eram as coisas que se moviam lá em baixo.
havia um pequeno pássaro caindo da arvore, perdendo suas penas, um pequeno pássaro mudando seu jeito, pequeno menino vivendo entre nós... crescia covarde sem asas, crescia olhando pro céu... pequeno pássaro sem ser ave, amava a chuva, pois com ela não se sentia culpado por não voar. pequeno demais pra bater as asas e sumir... 
havia um pequeno pássaro rastejando feito um humano, pequeno e covarde pássaro, com asas escondidas, já sem as penas que um dia teve, pequeno apaixonado pela curiosidade do céu na madrugada, pequeno e machucado pássaro. com medo de voar. 

sábado, 8 de dezembro de 2012

eu não sei...

eu não tinha muita tinta na caneta pra escrever, nem tinha muito sobre o que escrever,
sempre via os passos dela, sempre via ela, passando de uma ladro pro outro, de uma sala pra um mundo qualquer...
eu não tinha muita ponta no lápis pra desenhar, era mais timidez do que coragem alguma, e mesmo que eu fosse tão corajoso, eu ainda seria um covarde sem palavras, é com as tintas que me preocupo, elas vão indo e eu ficando, cada vez que vejo ela sorrindo, eu não sinto nada, nem uma coragem, só meus velhos sentimentos de pena sobre eu mesmo, queria ter coragem de gritar alguma coisa, mas menina nem me via, ela nem sabia da minha existência, enquanto eu sorria bobo, por ela estar perto... tolo tímido acoado na fumaça do cigarro, alguém me encoraje, alguém me empurre, alguém me faça viver mesmo que uma triste e tortuosa negação, distantes qualquer letra me encontrava, distante qualquer palavra me podia ser, acorde, mesmo que eu não queira, eu sinto que um dia, talvez, qualquer dia, você possa ser, tão perturbada e viva, quanto a minha vontade de te entender...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

metralhadoras

metralhadora atirando pensamentos instantâneos em cabeças por todo lugar, vejo as explosões de cultura tomando conta dos lares, saindo as ruas e cantando nos bares, e as metralhadoras não param de atirar, as belas perdidas acertando mendigos, as bala varridas acertando nossos, metralhadoras de pensamento, trazendo um tormento que o estado nunca viu, metralhadores da cura cujo as balas não entram na cabeça dos poucos que nos fazem crer, que os tiros são ruins, que os tiros vão nos matar, eu vivo meu pensamento, pois minha cabeça é sangrenta e viva, e jamais para de pensar... e os meus pensamentos por ai, metralhadoras não param de atirar.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

nascer pra que?

deixa correr o sal que sai dos olhos, em forma de agua se forma e escorre pelo rosto
deixa sorrir por dentro ou falecer lentamente um vontade que nem era importante
você sempre odeia a si mesmo um dia por ano, sempre que coisas boas aconteçam pelo menos uma vez
e as coisas que nunca foram importantes, as coisas que tu nunca deu valor nenhum 
em um momento que deixam de existir, fazem uma importancia enorme...
sempre odiei o maldito 15 do 11, e sempre tive algo que me fizesse sorrir nele, dessa vez nada vai ser, nem sorrisos, nem nada, só mais um dia como outro qualquer.
é fase da vida, dizem por ai, é faze que passa.
e dessa vez só por ser um dia a mais ou um dia a menos, me faz tanta falta que seja algum dia melhor. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

passou?

Nessas e outras a gente aprende a andar, aprende a sair por ai, hora aprendemos por nossas experiencias, hora temos a sabedoria de aprender com a experiencia dos outros, existem coisas na vida que nunca aprendemos, questão de saber que errar é mais gostoso... o grande problema de aprender coisas novas é que as vezes você se esquece as antigas, como se pra guardar a novidade fosse preciso mover algumas coisas pra lixeira, elas estão lá separadas, como ficar sem andar de bicicleta por vários anos, tu não esquece, pensa que não sabe, mas logo restaura a memoria e sai andando. 

Queria as vezes, poder ver as memorias, essas meio "deletadas", olhar pra elas, separar as boas e restaurar, claro lamentar o passado é assim sempre tão triste, mas eu quero mesmo é celebrar o passado por 1 ou 2 dias... voltar aquele verão de 1997 e saber o que eu tava fazendo? 

eu nem lembro se 1997 foi um bom ano, porque a gente simplesmente vai esquecendo? acho que vou sair pra ver o uma noite mais escura, procurar o negro azul em outros olhos por ai. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

sucumbir


aparentemente enfiaram-me um coração pela boca 
tinha um gosto amargo no começo 
mas era doce no fim
parecido com as frutas que eu comia quando morava no céu
pensei que era um coração fel com muito mel por dentro 
pensei que era feito de morangos do campo... 
era um coração sangrando, como os outros, sem alguns pedaços, era um coração pulsando que eu engolia 
era um pouco de vida, era um pouco de morte, era a sorte e o azar, eram os olhos que mastigavam 
era um coração que me fazia humano, com dormência na língua, engolia garganta a baixo... amar(go) doce coração.

Ruínas em mim

parei para ler suas palavras, elas me falavam de um passado muito distante 
me falaram de um desejo de amor, continuo, trombetas anunciando a chegada dos nobres
suas palavras me falavam de uma vida bela, eu via uma vida feita em sua mente incompreensível 
queria sua sorte acontecendo, queria ver a primavera florir a sua vontade
eu tive desejos parecidos, meus desejos perto disso, mas não eram tão claros, não eram tão vivos
eu tive sonhos vencidos, eu via um terra verdejante, ouvia o canto dos pássaros
no meu sonho o sol era feito dos fios do teu cabelo, no meu sonho o céu era o profundo azul dos teus olhos
haviam montanhas com neve da tua pele... e tempo era o merce da tua vontade. 
mas eu sentia que meu sonho não era o seu... no teu sonho as cores eram as tuas, as pessoas eram cruas
e eu já não sabia o que queria, não era mais meu sonho, mas sim tua alegria... tivesse a tua realidade ou sonho, indo cada vez mais de encontro ao seu real desejo... eu fui me distanciando e a tua felicidade aumentando...
meu desejo foi se tornando unicamente poder te ver sorrir, fosse ao longe e o sorriso não fosse pra mim, tivesse um sorriso sincero eu poderia acordar assim...
fui acordando em minhas ruínas, levantando em meio aos pedaços do meu castelo... e via além do horizonte, você era um anjo radiante de luz, dançando em meio as suas estrelas e seu céu azul.
e meus remédios me matando aos poucos, e por mais morto que eu pudesse estar, sempre sobrava algo lá dentro, sempre sobra algo pra ir queimando rio abaixo em barco de flores mortas. 
minhas ruínas ficarão lá para sempre, com seu rosto em cada parede  
minhas ruínas ficarão lá para sempre, guardando a lembrança de um sonho afogado ao som das trombetas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

minha cabeça é uma enorme fabrica de pontos de interrogação!!


tinhas algumas coisas que eu nem queria saber...

tinhas algumas coisas que eu nem pretendia conhecer...

a verdade que se vai moldando tão delicadamente um ser, uma pessoa pra existir dentro de si mesmo, lembro que eu ia juntando os pedacinhos das coisas que quebravam, nunca soube bem o que fazer com aquilo.

mas o tempo vai passando e algumas coisas eu acabei descobrindo... estas mais traziam duvidas...

verdade que usei todos os pedaços pra fazer o coração que tenho hoje, é meu coração é um agrupado de coisas que quebrei por ai...

ainda tenho uma cabeça grande cheia de cabelo, "inteira", trabalhando sempre em dois turnos, descansando nos intervalos, resolvendo muita coisa sem importância e deixando muita coisa importante sem solução...

cabeça não tem sentimentos eu falava, cabeça não tem cabimentos... tudo é relacionar moldar e inventar, CABEÇA PENSA, pelo menos a minha pensa, não que eu ache isso bom, mas a minha cabeça pensa, e pensa até demais.

minha fabrica de duvidas soltando fumaça a todo vapor, minha fabrica de duvidas que me deu uma certeza, quando projetou um coração feito de pedaços, ela dizia para as minhas mãos, depois quando quebrar, e ele vai quebrar varias vezes, é só seguir os encaixes, mas pratico do que usar cola e sempre deixar algo mal colocado.

minha cabeça pensa, até demais, cabeça criadora de corações e incógnitas, cabeça de dor constante, bufando fumaça... minha cabeça segue trabalhando constante, mesmo que não faça um bom trabalho... e tem cabeça por ai em greve, como tem. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

era pra não ter nada no caminho até o fim da vontade de querer alguém...


por favor não me mate pois eu tenho ainda um pouquinho de compreensão
por favor não me maltrate pois ainda lhe dou um pouquinho de atenção, eu sei,
não é isso que você espera, não é isso que sempre quis... no fim da tarde depois do trabalho,
saia pra sorrir por ai, eu nunca fui um querido "alguém" nunca te dei muitos motivos... pra sorrir.
a é essa, que eu nunca estive muito por ai, que eu nunca me importei com o que você pensa,
e a que a vontade só vem quando a falta aparece...
eu lhe peço, pelo tempo em que lhe quis, algum sorriso, algum dia feliz. então
por favor me maltrate, pois eu ainda tenho muita compreensão
por favor me mate, pois ainda lhe tenho muita atenção. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

falsa felicidade...

pequenas coisas giram ao meu redor...
grandes coisas giram ao meu redor...
meus detalhes são rabiscados em pedaços amassados de papel... meus detalhes, são as gotas de chuva escorrendo pelo meu rosto, gosto de tentar contar os pingos no meu olhar. 
me alegra e me entristece, vejo aos poucos a pele molhada... escorregava os dedos pelos cabelos, não tinha cheiro, nunca toquei... nunca soprei seu cabelo sobre os ombros.
nunca acreditei na tangibilidade das coisas, e não acredito...
e as pequenas coisas continuam lá... um dia derrubei meus riscos poéticos no pé de alguém, deixei ver minha verdade alheia, minha vontade de fazer sorrir, de inventar felicidade falsa pra usar.
felicidade falsa que eu inventei pra você, minha felicidade, minha falsidade... mas não atingi, não fiz a unica coisa que queria fazer... minha tristeza criada por causa da invenção falsa de algo que não posso causar.
sorria... use a boca, pois não quero mais meus dedos, pra fingir aflição.
coisas pequenas giram ao meu redor...
e as coisas grandes me acertam quando tento fechar os olhos. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

sinta-se melhor...

não podia me sentir bem... não podia me sentir um homem bom, meu olhos me diziam que eu era um homem ruim, não conseguia agrada-la, nem faze-la se sentir bem.
eu sabia que ela tinha um coração apaixonado, sabia que seus sonhos estavam sempre longe, sofria passando por amores diferentes, se sentindo como ninguém, sem ver o vendo soprando seu rosto, cega em paixões, vivendo os tons de vermelho da vida...
quero te fazer ver os coloridos do sol, existe um céu azul la fora, um céu onde você pode brilhar se quiser, um oceano da cor dos teus olhos, existe um sol iluminando teus passos... abra teus olhos, veja a vida nascendo ao redor, em todas as cores... sinta-se bem, deseje sentir as dores e as decepções, crie suas expectativas e as jogue no lixo, sinta todo o verde passando.
as vezes me pergunto onde é certo estar, o que é certo fazer, qual a condição verdadeira que quero sentir, morto ou vivo? segundos de pensamentos que se perdem em uma eternidade profunda, então menina, viva sua escolhas, e me de um sorriso sereno, alegre-se, se quiser vou inventar um mundo pra ti viver... sem sentimentos, sem dor, um mundo ébrio eterno, um mundo pra você fazer o que quiser, e ser o que tiver vontade, um mundo onde tu cria a realidade a partir dos teu sonhos, um mundo seu.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

I feel unhappy, I feel so sad

nenhum motivo me faria querer mudar, não sei dizer o que está acontecendo, não é um amor perdido, nem nada acontecendo fora do normal... simplesmente não me sinto bem, não me sinto capaz...
deixei algumas coisas em cima da mesa quando sai, deixei pra você pegar, mas você nunca ligou pra dizer como está, eu sei, fui embora porque quis, eu precisava, eu tinha que partir, tinha que mudar...
só estou um pouco triste e nem sei porque... deixei tudo pra traz, mas não é isso que me incomoda... 
devo ter ficado cego no caminho, sei que não vou voltar pra lhe ver, sei que não vou ligar pra saber de você, eu não era mais feliz ai, nunca fui... talvez eu devesse tentar esquecer, eu já esqueci, mudei muito com o tempo, mas sempre mantive uma coisa pra me apegar, minha tristeza e falta de vontade de viver. 
gostaria de ser positivo, mas não seria eu....
adeus, não devo mais falar, nem olhar pros lados, me sinto triste... adeus, pois não vou mais voltar. 

domingo, 30 de setembro de 2012

bom dia...


Quando eu acordei ainda havia um sol lá fora, ardia com brilho e fogo... era o sol dourado da primavera...

E eu ouvia o som dos violinos em cima das montanhas, cantavam sobre a nevoa do entardecer, sobre a vida das flores e o sorriso no canto dos pássaros...

E com o som dos violinos descia a chuva das montanhas, vinham em nuvens dançantes e cinzentas, vinham trazer a pura água das canções.

Deixar o petrichor, completar a manhã, agora sem sol, mas com brilhos diferentes em cada gota de mar sem sal...

E meu agrado de saborear a vida, e dizer, agora pode sentir o dia, bom dia. 

sábado, 29 de setembro de 2012

pirulito


teus olhos, não consigo toca-los...
eu consigo sentir as estrelas em você, eu posso entender sua falta de sentimentos...
tão doce, e o vento vem me dizer, tenho que ir...
eu consigo sentir, o calor da boca,
mágica noite... não posso ir, não quero...
me vejo deitado aqui, olhando teus olhos no doce céu estrelado...
nem acredito que vai amanhecer...
eu quero parar o sol, e deixar que a noite siga ao teu lado...
e os grandes olhos estrelados, serão parte eterna da minha insônia.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

amarelo queimado...


tinha ondas no copo enquanto eu bebia...
faziam um desenho sutil entre as marcas dos meus dedos...
o gosto amargo no começo, forte, traços de carvalho... doce no decorrer da vida
meu jesus cristo quente, balançando dentro do copo...
minha alma por mais 20 doses... não tenho onde deixar as cinzas caírem...
a visão turva combinava com minha dificuldade de pronuncia... fico calado respirando, baforando o tabaco...
amarelo queimado, jesus liquido, purificador de almas, lavando minha linguá pecadora...
desejo de saborear a vida... mais um gole e acorde, respire fundo e suba o máximo antes de tropeçar. 

cuidado com os olhos fechados...

com lábios delicados e os olhos acima das sombras, a boca fazia desejo de tocar, sonhos a noite escuro, e o escuro não é bom, cuidado com os olhos fechado, cuidado com os olhos fechados, enquanto eu não estou perto pra zelar teu sono, cuidado com os olhos fechados... beijo os olhos de paz, boa noite... 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ninguém começa onde termina...

pulsante via as gotas de calor caindo em si, escorriam perto dos olhos...
não gostava do tempo seco, do calor amargo, nem gostava do cheiro da primavera
auspiciava por um inverno a mais, pela chuva de maio, o tempo que já passou por aqui, mas que deve voltar
e eu só queria abrir a mão e estender um presente em palavras gritadas em alto relevo, desenhadas nos dedos, em choque, palavras ecoadas em gotas de chuva... nunca sei pra onde devo olhar nessas horas, nunca penso em um caminho pra seguir... trocava de musica a cada 3 segundos, ouviu, re-ouviu e nem ao menos sabia sobre o que estava ouvindo, nunca dei muito importância pra vida.
talvez eu devesse me esforçar mais, talvez eu devesse tentar ser alguém, talvez eu só devesse querer alguma coisa, já seria um começo, é isso, vou começar... construir um escorrega, um balanço, e transformar os velhos pensamentos adultos, no primeiro grito de alegria, tirar as rodinhas da bicicleta e pedalar ladeira acima, descobrir que o que eu quero, é contemplar uma infinita paisagem...  se possível "num invernico" de novembro. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

primeiro quatorze


desajeitava em frente ao espelho programada uma só essência de ver,
toda cor que a pele não tinha, todo brilho perdido no ar,
era morta a abelha rainha, com listras de azul 
fazia sua pose de não, na beira da piscina de sol, olhava pra sua água azul era os olhos 
e o que vai ser? quando crescer? não faz ideia alguma...
e o seu espelho lhe trocava os olhos, lhe trocava a boca, lhe pintava o cabelo a sorrir
por que não interessa pra nós, seus dedos só queriam tocar o céu
abelha, tirando das rosas um mel, 
e era sempre tudo aquilo que esperavam que ela fosse...
com um sonho distante, menina dos olhos coloridos, o que você quer fazer
atravesse o seu espelho de imagens e letras... siga se protegendo da chuva. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

paris

me diz pra que é que tem tanto tempo sobrando ai meu bem?
me diz o tempo é pra que é que tem? 
pois se o tempo não é nosso, o tempo não é de ninguém...
e se quando eu quero eu posso, o tempo é mais além 
então me diz o que você vai fazer, com o tempo que lhe sobre depois do amanhecer...
então me diz o que você vai fazer, com o tempo que lhe resta antes de anoitecer...
porque quando a lua brilhar, todo seu tempo vai ser meu, só meu, e não te sobrar nem um segundo pra você se queixar, não vai sobrar nem um segundo pra você reclamar, só vou lhe dar o tempo pra poder respirar e me dizer...
o que você vai fazer amanhã, de tarde depois do café?

domingo, 5 de agosto de 2012

ver.

eu vi você, sempre vejo, eu vi você se distanciando, entrando no carro e indo embora, sempre vejo você sair sem dizer tchau, eu vi você ... 
seus cabelos balançavam no vento, seu cheiro vinha até mim, eu queria você, mas o vendo me impedia de andar, eu quero você... seu sorriso... quero que me diga ola quando passar, segure minha mão e olhe nos meus olhos, quero que diga adeus quando partir, sorria e vire sem olhar pra trás
quero que me machuque, me faça imaginar, me faça querer, quero, quero... e querer não basta, pois não tenho, e você nem percebe que eu existo, não tenho perto de você, mas eu vi você, sempre vejo, o jeito que meche os ombros quando anda, sempre vejo você partir, sem ao menos saber que eu existo. 

domingo, 22 de julho de 2012

chocolate em chamas...

se existisse uma chuva vermelha caindo do céu por ai, eu iria beber seu suco, seu sangue, sua água...
chuva vermelha de cabelos escondendo minha boca na tua nuca, um cheiro, desejo de descer pelas costas, carinho menina, amar a mulher, doce pessoa de morangos e chocolate, chocolate pele linda de pecado...
boca corada, enfeitada de amor, bem perto seu cheiro, respira em mim... gravo nos olhos, os olhos, perolas negras, escuras, brilhantes estrelas... os olhos me gravam mais palavras, olhos vontade de perto beijar... vontade marota de zelar o teu sono, sussurros ao ouvido "me de teu sorriso, me de teu sorriso, me teus sonhos de amor", acorde me tenha como um amigo, me tenha como um amante, acorde me ame, me coma, acorde mulher dos cabelos de fogo... acorde em mim, acorde seus olhos beijando minha alma.

engula a si...

dividi minhas horas do dia, descobri que passo mais engasgado com oxigênio do que respirando ele... essa coisa de ter que digerir tudo de forma rápida, engula, engula, engula não mastigue, não processe, não pense, engula, engula vai te fazer bem... oxigênio incendiado de aceitações, respeitem, respeitem... respirem meu ar, e paguem por ele com sua ignorância, não reajam, não falem... apenas obedeçam e engulam seu oxigênio anestesiado de coisas que você não precisa pra sobreviver...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

não...

mastigando a própria respiração enquanto olha pro horizonte, achando existir realmente por motivo algum, sabendo que não quer mais...
...não quer mais respirar essa vida que ele não gosta, sabendo que não gostaria de nenhuma outra vida. Que simplesmente não gostaria de...
...viver.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

fim de tarde longe de um final feliz...

se com os efeitos da luz alguém pudesse criar um sol particular e com algumas folhas de papel refletir uma lua de mistério similar, qualquer humano ou criatura criaria suas próprias arvores e mares, e eu faria um caminha chegar mais perto de você.

domingo, 1 de julho de 2012

Boa noite felicidade

vontade unica de ser livre... está vontade não está, nem aqui, nem aqui perto, programados com belos chips inexistentes de moral... programados unicamente com a condição de existir... ilusão da falsa felicidade, unir-vos uns aos outros em busca de felicidade, ou então seja feliz sozinho... nascer, crescer, rir, trabalhar, sobreviver, respeitar as leis da natureza em geral e morrer... todos somos iguais sem escolha alguma, vontade de ser livre é pura vontade de algo que não existe... parabéns cidadão de fé, civilizado, durma bem, e que seu deus o proteja sempre... fé é boa demais pra que eu possa ter... Boa noite!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

1º capitulo


( )...era na verdade uma criança com doces olhos verdes, era mendigo de si mesmo, repleto de insatisfação e cansado demais pra tentar mudar algo, olhava as pares, pensava nos quadros, como um vida feita em uma moldura de madeira e as coisas acontecendo ali dentro, desejava esta vida inexistente, só queria não se importar com nada, sem seus detalhes, o frio que entrava pela porta já era demais pro pequeno coração, mas o frio lhe confortava e lhe induzia a abrir um pequena garrafa com um vinho barato, um vinho qualquer pra lhe aquecer o corpo... afinal ele tinha de deixar o frio entrar, esse frio que lhe trazia sua felicidade, um conjunto inexplicável de coisas simples e pensamentos perturbados, era um ser qualquer que ali vivia um vida simples, identificado por alguns como amigo, por outros como pessoa, dito por si mesmo vivo e insatisfeito, passando os dias de seu inverno a olhar a chuva, passando os dias de sua vida a respeitar pequenas coisas, não se encontraria com ninguém em noite alguma, pois na verdade ele só queria mesmo ficar ali, tomar seu vinho barato, ver a luz da TV balançar na parede oposta, olhar os mesmos quadros e imaginar aonde aqueles caminhos iam dar. 

me desculpe você

Desculpa meu bem se tudo que eu quis fazer pra você não foi nada do que você queria pra si
Eu só lamento muito não me importar com os seus desejos, com as suas vontades, com as coisas que você precisava pra viver
Hoje eu nem tento saber se eu podia ter sido melhor, eu nem tento querer ser hoje melhor
Tudo que eu quero, é ver nos olhos de outro alguém
Toda felicidade momentânea que eu não via em você
E te tirar de vez, eu queria beija-lá mais uma vez, sem a intenção de machucar, sem a intenção de lembrar, apenas para esquecer... do gosto, da magica, das palavras que te dei por amor e das coisas que escrevi sem nunca te dar.
Eu poderia sangrar, eu poderia sorrir e você não estaria contente, não pude te agradar e nunca quis poder
Eu só lamento muito nunca ter me importado com você, nem nunca ter acreditado que você poderia me fazer feliz
Desculpa meu bem se tudo que eu quis fazer por você, não passou de coisas baratas que você não poderia tocar nem amar...
As vezes você olha pra trás pra se esquecer dos maus momentos e vomita algumas coisas tristes
Cantadas como musicas, sorria como se o mundo fosse acabar, e eu nunca te dei o que você queria... eu sempre quis um infinito,m quis te ter em partes iguais de cada verso
Eu gostava das brigas a noite, dos sorrisos de dia, gostava da cor dos sapatos
Mas não gostava da vida que eu eu nunca poderia ter ao seu lado...
Eu só lamento por nunca ter colocado fogo nos seus cabelos pra te aquecer no inverno, lamento não ter voado com você por um mundo sem carne.
Lamento a felicidade que sinto por não estar mais sorrindo ao seu lado, desculpe meu bem, por não te dar o que você queria... desculpe por ser mais real do que feliz.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

qualquer um podia ser...

você pode lembrar que qualquer um de nós dentro de si, tem força suficiente para mudar o mundo
que cada um de nós dentro de si, tem força para destruir o mundo
cada um com sua forma única de ver as coisas, diretamente... suspeitando do que está por vir...
cada qual com seu igual, só que diferente... as almas gêmeas separadas na invenção do amor... as vidas roubadas no tiroteio perto de casa... qualquer um podia ser sua metade... qualquer um podia ter sido morto pela bala perdida.

você pode não querer ser alguém, você querer ser o melhor e você pode simplesmente ser só o que der pra ser, sem se importar com nada e nem ninguém... contudo,qualquer um podia ser... qualquer um... só deixar crescer, ame alguém, viva com ninguém, vá fuder na zona se for o caso, amor ou peitos, peitos com amor... a realidade da vida... é que... qualquer um pode escolher qualquer coisa... e qualquer um que sentar do seu lado no ônibus gelado que vai pra escola, no metro carregado que volta do trabalho, na cadeira ao lado na fila do banco, vendo o preço do sabonete na maquina do super mercado... qualquer um, se você quiser, seja homem ou mulher... pode ser quem ia ou vai... te "manter feliz" pra vida inteira.

sábado, 9 de junho de 2012

A foto de um sol que brilhava enquanto o resto do mundo se fingia de morto...


Quando olhava pra ela sentia como se o mundo fosse parar, podia ouvir sua respiração sem querer, via nos olhos um mel escuro feito de puro e doce sabor...

Respirava fundo tentando sentir seu cheiro e ele não vinha, não vinha para meu desespero, eu queria saber que cheiro tinha, queria saber se era cheiro de flor, se era cheiro bom de terra molhada, se era cheiro de chuva gelada no verão, ou de uma ducha quente no inverno...

O sol brilhava forte tornando a pele clara em palavras de amor, mas que amor era esse que eu não tinha? Amor de menina, criança, brincando de infância sem perceber dos problemas do mundo, amor de mulher madura, mulher esperta que sabe que certa a vida não é, amor simples contando de passo em passo a distancia entre um abraço e um sorriso...

Quem sabe um dia se o mundo parar eu pare de olhar, quem sabe quando não tiver mais som, nem cor, as flores se queixem que não vêem sua própria beleza, quem sabe eu estenda os pares de mãos, conte os passos e não conte nenhum, e de amores saberei qual cor, saberei o cheiro, sentirei o sabor, quem sabe um dia os olhos se encham de vida e um sorriso se mostre pra mim, uma mão apareça e meu sonho padeça em domingo qualquer... E eu ainda vou lembrar, que em teus olhos um mel escuro para abraçar. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

a... p... nada...

tinha dias no inverno em que o vento soprava cortando seu sorriso, cortando sua alegria, lhe entristecia os olhos, a pele, a alma... dias de inverno em que ela não queria exatamente nada

segunda-feira, 4 de junho de 2012

necessidade de amor

eu ainda era muito pequeno pra entender das coisas da vida, se bem não existe um tamanho exato pra entender dessas coisas, hoje sou grande e gordo e ainda não entendo nada. Mas naquela época em que eu não enxergava por cima dos balcões e passava agarrado na minha mãe, havia em mim uma necessidade de amor... uma necessidade de ser abraçado, ser querido pelas pessoas, eu acreditava que as pessoas eram boas em toda maioria, pensamentos bobos de uma criança, pensamentos bobos que hoje muito me fazem falta.

eu cresci o mundo foi mudando, as pessoas regredindo a tecnologia avançando e a minha necessidade de amor passando, aprendi que é difícil ser feliz, é mais difícil ainda fazer alguém feliz, ter alguém pra amar não é questão de escolha, e que química não é só algo que eu odiava no colégio... o ser humano esse ato bizarro da natureza, essa junção patética de carne e água, necessita de uma forma desesperada de amor, amor em pó, em barra, o amor em seu estado sólido, liquido e gasoso, um busca por alguém que o aceite... uma busca por alguém que lhe queira bem.

e essa necessidade frágil de amar, que por vezes eu tanto detestei, por vezes tanto tive e por vezes mesmo detestando ainda queria ser assim, só querer ter alguém... e com meu tempo de querer e não querer, de ter e jogar fora, de não mastigar direito... fui reclinando a ilusão de que estar sozinho é bom, na verdade é bom mesmo, mas é engraçado também... talvez me sinta bem tão sozinho, pelo fato de tanto querer ter alguém... ter alguém é ser um só no final das coisas... e eu ainda era muito pequeno pra entender a vida... muito pequeno pra querer alguém, muito pequeno pra achar que o frio é motivo fútil o suficiente pra ter alguma necessidade de amor. 

já não tenho mais a ingenuidade de uma criança, já não tenho mais os olhos tristes de sempre, já não tenho mais a esperança de tudo que está ao alcance das minhas mãos, mas ainda tenho a vontade de ter as coisas que eu não tive ontem, de inventar um jeito novo de amar, de inventar meu próprio amor, e eu não tenho toda essa necessidade de amor, eu nem mesmo acredito que o amor exista. Minha unica necessidade é de não ser de carne e água, tenho a necessidade de não ser humano, tenho a necessidade de deixar meus pensamentos serem mais puros que isso, minha necessidade de criar um mundo infantil, pra conhecer alguém que não viva a necessidade de amor, alguém que consiga criar em mim algo sem nome e mais puro, algo que eu realmente queira chamar de "meu amor". 

maria

cheia de palavras, de frases, de poesia caída no chão
maria tinha um certo gosto de tudo, maria tinha beleza na rua, tinha desgraça
maria era pequeno e monótona, entediante como estar em casa com a televisão ligada
a noite seria grande em alguma forma... com caminhos e fumaça pra seguir, gritos de alegria doce maria
noites festejadas, e uma lua na despedida, maria e seus amores a primeira vista...
maria e sua drogas viciantes, seus sacrifícios a cultura...
maria e seu louvor a musica... maria com seu amor a juventude
maria suma entre as nuvens, e qualquer dia no escuro do acaso...
eu volto a te ver maria.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

tudo sem você

hoje eu só quero ter um pouco de esperança pra guardar as coisas que eu não consigo,
guardar na esperança os meus fracassos as minhas vontades não realizadas,
demonstra acaso, pra casa, meu caso, em risadas, salvar as coisas ruins como as ultimas a morrer,
e lembrar todo dia que nada se pode ter tudo, e que tudo que eu quiser vai ser nada, e as minhas pernas vão ir pra onde forem, pois o caminho certo é sempre aquele que se pode andar,
se as coisas dão erradas é por defeitos e questões que devem ser enaltecidas e se o que tu quer é falho por parte de dois em um par, não ser teu querer, a menos que os caminhos se se queiram cruzar, por mais que tu corra sempre voltara ao nada de todo querer e afogado na propria tristeza vai padecer...
querer um abraço pode ser demais pra ter a felicidade por ele, "é que na vida a gente tem que entender, que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri"

segunda-feira, 28 de maio de 2012

laços desconhecidos...

e tais pernas e laços...
desejo lucido de toda boca, desfazer os nós de tinta da pele branca...
debruçava a mulher por cima do mundo, sorria a criança, sabia a pessoa e os sonhos encantados
nela tinha sorrisos, peitos e mãos, desejo de tela, pintura em matéria viva, com sabor de... sabor em cor... em sensações de prazer.
gostosa sensação que o sol dispunha quando se colocava a aquecer seus olhos no inverno, prazer intenso que o frio fazia em arrepiar seus pelos da nuca ao longo das costelas.
caiam castanhos pelo corpo, talvez me lembrassem a chuva, talvez canções de prazeroso pecado...
entre meus olhos respirava a boca.. pernas e laços.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ruas

de tijolos amarelos, de chão batido, de coração partido... rua por onde corre o sangue, rua que leva até o coração...
essa rua quase sem morada, rua sem casas, pessoas dormindo nas calçadas, umas por cima das outras para se esconder do frio, rua la de casa, cheia de perfume das plantas, rua lá de fora cheia de folhas das arvores que a cercão, rua lá da minha vida, onde ninguém sai pra caminhar no fim da tarde, que ninguém usa pra ir pro serviço, tem só um pedágio lá no fim, mas é pra garantir que o dano causado por quem entrar na minha casa, seja pago com um pouco de carinho.
isso, na rua lá do meu coração você pode andar de mãos, pulando como um bobo, pode até ficar sentado esperando um brisa qualquer, na rua do meu coração os tijolos são da cor que você pintar e por mais que eu queira, a minha rua, não é nada sem alguém pra passear nela, na rua lá da minha vida, você pode entrar, e se bem tratar o senhor vivendo e resmunguento que mora na casa "o coração em brasa" da rua tu terás a cor que der, os frutos que quiser, o teu perfume eu espero, e um lugar pra descansar no meu peito.

guarde

não tinha muito mais pra olhar... os olhos dela olhavam o céu e as flores que caiam, meus olhos olhavam ela, sua aparência de menina, sua boca, os cabelos sobre os ombros.
uma vez me contou que não sabia porque as flores choviam em seu caminho, e eu nunca disse que as jogava ao céu pedindo seu calor... lembro de algum sorriso discreto que ela tinha no rosto.
guardei... teus olhos... teu sorriso... guardei a lembrança de você, mas sempre via você indo embora e sempre te queria mais aqui, te queria mais pra mim, menina das flores belas, guarde meu eu, guarde minha vontade...
menina... menina... sei que o perfume das flores vai me lembrar você, espero que elas continuem caindo pra você, e vai sempre o que olhar, assim possa ficar a te ver... menina, guarde as flores que inventei pro teu viver.

não sei...

nem bem, nem exatamente, cada dia... passando, coisas vão acontecendo, caminhos vão sendo tomados, decisões, vontades, palavras são ditas e na maioria das vezes não são compreendidas.
cada pessoa vai fazendo seu melhor, vai vivendo do jeito que dá pra viver, arrumar emprego, cortar as unhas dos pés, sorrir pros outros na rua, ser simpático, ser atraente, respeitável, ser um cidadão.
não que eu não seja, não que eu não queira, só acho que demoro mais que os outros pra me adaptar, não exijo olhares contentes, raramente mostro os dentes, sou meio burro pra aprender a viver.
não sei quantas pessoas passaram por mim, penso em algumas todos os dias, algumas eu lembro que faz anos que não vejo... não sei simplesmente esquecer, não sei... estranho olhar pra traz e não lembrar muita coisa, aprender todos os dias, aprender com os outros, aprender por si mesmo, não sei...
ouvi dizer uma vez que se não pode crescer sozinho, cresça por alguém, crie alguém, ame alguém que te faça crescer... amar é tão mais complicado que viver, querer uma pessoa pra fazer companhia, uma pessoa pra contar as coisas, pra rir junto, ter alguém da trabalho, tem que ser educado, tem que tratar sempre bem, fazer vontades, ser "companheiro".
não sei... se posso viver sozinho, não sei se um dia vou conseguir viver com alguém... não sei... não sei. Sou um grande ponto  " ? "  alguém por favor, me ponha no final de uma frase, ou me responda... faça o que achar melhor.

quarta-feira, 21 de março de 2012

de maldade em maldade...

das ruivas que te achava
prazer que te via,
vontade que te tocava, te diluia
depunha de maldade, desapegava das faces
corria as pazes, olhava o nada,
tinha de um tudo,
sabia de um mundo todo seu
e fingia ferrugem, quando naturalmente
ostentava a cor do sol...

terça-feira, 13 de março de 2012

Luau MTV Los Hermanos - (11) A Flor

"Ouvi dizer
Do o teu olhar ao ver a flor
Não sei por que
Achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...
Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu..."


domingo, 11 de março de 2012

complicado querer...

tão jovens e os pensamentos... alguns sobre a vida, sobre suas complicações
olhava em tom de felicidade aquele sorriso, a ferrugem chamativa abaixo dos olhos
os raios de um vermelho contido naturalmente forjado em amor...
tinha alguma coisa que eu não entendia, tais vezes tão anjo, tão mulher, tão menina
tais olhos cor de chuva, tais olhos castanhos... amizade voltando com mais alguns passos...
um carinho, querer ver, estar bem, um amor complicado, criado, encontrado, sem sentido como todos começam, tais olhos, tal vermelho, tal caminho doce e complicado.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Alguém

eu não conheço ela mas apesar disso não quero perder aquele segredo que seus olhos escondem
podem ser pra mim como algo tão doce e pode ser simplesmente a força de ser
eu quero ver, eu quero ter, eu quero sentir, pra poder dizer:
que eu tive o sonho dentro do meu corpo que eu tive simplesmente o melhor segredo que os olhos mais simples me contaram
eu quero saber o que ela pensa, eu quero saber o que ela sente
eu quero saber porque eu fico pra baixo, porque eu fico pra baixo, porque eu fico pra baixo
e esta noite posso segurar cada segundo de pensamento por uma eternidade
posso sentir cada segundo de sabor, posso ser cada desejo de um sonho
acho que não vou voltar pra casa quando amanhecer
não vou mais existir sem poder dizer o que ela estava querendo saber
mas eu fico pra cima, mas e fico voando sobre tudo, e eu vôo sobre você
eu vôo no céu que você desenhou em sua mente,
eu por um segundo eu pude acreditar, que você estava aqui...
eu só queria um sorriso depois de sair.

Tais Pernas

Via as pernas subindo pelos pés

uma em volta com a outra

onde as mãos se debatiam

tentativa falha de espantar qualquer coisa,

era como uma canção branca,

dedilhada em toques brutos no violão

melodia em sua própria forma

queria cantar em toque com meus lábios

enquanto perco meus olhos,

de doce aparência branca, tais pernas

um desejo de sentir o teu sabor.

21022012

Uma certa introspectividade difícil de entender, não exatamente um coisa de estar sozinho, algo mais puro de estar com quem se gosta, de sentir-se bem, um puro de estar calmo, quieto, sem palavras, vontade aleatória de querer ter apenas tudo que possa me fazer bem, inventar e reinventar expectativas surreais, a verdade clara que me permite respirar, talvez seja um exagero em tudo, todas as partes, mas obrigado por me deixarem ficar aqui e apenas observar sem falar nada, apenas podendo ficar aqui e tentar nem existir, só vendo vocês "sorrir".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

pegue uma carona na nuvem

felicidade reinará...

uns de inicial caminho, tinham tudo a adorar o tempo, vivíamos como deuses em nossos próprios pensamentos, crianças com suas vidas cruzadas batizadas por algumas risadas e o disparo do coração...

erguia minha vontade em vôo, caia sempre mais rápido do que subia, tudo ali resumido em um sentimento, tudo ali apoiado por um conforto único, tudo ali com base sistêmica de amizade, não existia alguma vergonha e nenhum orgulho a mais por parte de um só, existia um sincronismo de sorrisos e aberrações

entrando na noite, via as cores escuras e tão claras que nos seguiam, tínhamos alguma coisa a mais em comum do que toda água da terra e todas estrelas do céu, tínhamos um marca em cada braço, um sorriso em cada rosto, uma vontade em cada sentimento, sabemos que não vamos durar muito tempo e ainda vamos filosofar sobre todas as noites anteriores, mas sei que vamos viver como podemos, do jeito mais certo ou mais errado possível, vamos sorrir um pouco antes de sair e chorar quando estivermos sós, mas agora meus amigos, vou viver um pouco mais, pois amanhã quando o sol sair, ainda temos que filosofar sobre a noite de ontem, estranhamente boa.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Rainha de copas


fingia o rosto a olhar pro foco da própria lente

ainda tinha seus dedos pelo negro cabelo

a simetria lhe pedia qualquer coisa, a simetria lhe existia perfeitamente

em pequenas mãos, delicada função de viver

pequena menina de olhos fechados pra mim

encosta teus cotovelos em mim, suspira qualquer palavras

segundos... e palavras pra me deixar assim

ainda não sei muito de nada, pouco conheço de um sorriso perdido

mas vejo o rosto, vejo o gosto...

tão doce menina, tão meiga de ser, desperta em mim um carinho

faz de mim o que quiseres e teus tons de todas as cores...

me de qualquer parte do beijo e posso levantar e viver pra sempre...

pra sempre pensando em você.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Doce você...



Doce tempo que vinha pairando em minha mente

Lembro o quanto era vermelho nossos pensamentos

Descritos em simples verdades, saindo e indo onde não deviam

Refletia um tic-tac, solido, áspero batendo na parede, avisando que o tempo estava aqui

As horas me comiam lenta e rapidamente, era um depender de estar com você

Teus olhos procuravam asilo, tua boca beijava o sal…

Tínhamos tantas cores, tantos amores,

Bem desenhada nossa vida foi andando por ai, deixamos que tudo passe e congelamos o tempo, paramos em um momento, para estar por uma eternidade…

Felizes…

Acorde consigo mesmo.

O sol refletia um oceano verde em seu olhar… ninguém sabia o que ele queria dizer, ninguém podia ver o que ele estava sentindo…

Vontade...


























Uma paz que acalma… um calor que me faz inimigo. Faz falta fumaça inebriando meus olhos…

meu caminho de novo.

Meus caminhos parados… pensamentos fugitivos de um quadro nostálgico, ainda uso meu all star preto, ainda converso sobre assuntos que ninguém intende, ainda amo com a mesma intensidade… vivo pra ter um dia aquilo que sempre quis… sonhos são como deuses, quando não se acredita neles, deixam de existir. Vivo como antigamente, editando o passado e escrevendo meu futuro, enquanto espero por ti.
Meu peito parece aberto, vazio, faltando um pedaço… assim sem você aqui… de mãos dadas comigo.
é só colocar os olhos em você que todo o mundo se faz invisível e eu só vejo a alegria da linda mulher que amo... em meus olhos.

Hurt - Johnny Cash (Legendado)

você

amor apaixonado, amor surtado, amor em sexo, sexo em amor, sexo em sexo, amor em amor, desejo em carne, em mente, contato entre as almas, casar de bem querer e juras próprias.

sem rosto

Estoure sua rotina como cacos de uma garrafa bem arremessada em uma parede de concreto, decline-se ao vandalismo, não seja ninguém, não seja algo só, seja milhões de cacos de vidro espalhados por ai.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

FUNK...

A putaria generalizada no Brasil em cima da palavra funk me e com o "funk" aqui apresentado me deixa triste, vi um post no tumblr hoje idealizando um sonho de parte da nação que dizia: "o funk foi banido do Brasil" deveras me senti contente com o post, até ri, a vida é para dar risada afinal.

Porém, vejamos nossa consciência e vamos a 3 exemplos do VERDADEIRO FUNK!!!

No ano de 1965 um jovem Negro Americano que mudou a batida rítmica do soul tradicional de 2:4 para uma 1:3, incluindo metais, nascia assim o funk tradicional... o jovem chamado James Brown com seu sucesso Papa's got a brand new bag iniciou o gênero de musica chamado FUNK




Passado um ano uma grupo formada em Memphis, The Bar-Kays estouravam alguns sucessos, a Universal lançou The best of Bar-Kays (volume2) em 1996 onde está o sucesso Running in and Out of My Life.




Nos anos 70 o grupo CAMEO, fez muito sucesso com funk, chegaram a regravar Can't Help Falling In Love (Elvis Presley), o sucesso WORD UP, regravado pela banda de New Metal KORN em 2004.





A versão KORN de Word Up




Logo se algum dia eu te convidar pra ir num baile Funk, acredite, é disso aqui que eu estou falando!!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

na mesma reta dos eu olhar...

Vi aqueles claros olhos, procurando pela sala um lugar para descansar, ofereci meu ombro como sempre fiz, ela me sorrio entre os lábios, saudade do abraço meu amigo, das tuas palavras e da boca quente no meu corpo, olhos claros que descansem em minhas costas, apertem minhas costelas, moça gigante que roubou o brilho do sol para si...