quinta-feira, 5 de novembro de 2009

chuva...


“chuva miúda não molha meu coração...” certamente eu não deixaria de falar do coração, das paixões e amores enquanto falo de tão bela graça que nos é dada pela mãe natureza. Eu diria que a chuva é tão bela quanto à neve (esta que não se fez presente frente aos meus olhos em nenhum momento de minha vida), porem, as gotas de chuva são perfeitas, sim e não, diferente dos flocos de neve suíços que são perfeitos as gotas de chuva tem muitas variações, e por isso as comparo com amores e paixões. O que é um amor? Amor é aquilo que não se explica tamanho sua intensidade, regado aos poucos floresce em pouco tempo se esvai tão rápido quanto surge o sol, atinge pontos infinitos de loucura e desejo como dançar debaixo de um temporal, é preguiça que se estende durante uma manha nublada e acaba por não dar em nada, o amor e a chuva andam de mãos dadas, debaixo do sol de novembro em uma tarde quente de belo arco íris ou numa noite fria de setembro próxima do amanhecer. E a paixão o que tem a ver com a chuva? Ela é a sua máxima intensidade inundando cidades, levando casas é o caos, é a lama. A paixão destrói um homem sem pedir permissão ela consome, consome até que não sobre um coração, mas ela salva vidas quando vem de encontro certo, como uma colheita na seca que volta a viver, e eu, eu vivo da paixão e do amor pela chuva, eu vivo das dores e sofrimentos, vivo dos amores alegres, da euforia cósmica de um beijo, da tristeza de um afogamento, da simplicidade do seu sorriso, e da duvida na tua boca, a chuva me acalma, a chuva me entorpece, mas não é longe do teu coração que ela faz isso, pra mim a chuva é teu coração belo, duvidoso, amável e carinhoso comigo mas ainda assim sei que se não souber aproveitar a chuva que floreira, poço ter do teu coração a minha dor traiçoeira, então assim como a chuva não deixa secar as folhas das arvores, não o teu coração esquecer que eu vivo por ele.



leno l. oliveira

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