quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ninguém começa onde termina...

pulsante via as gotas de calor caindo em si, escorriam perto dos olhos...
não gostava do tempo seco, do calor amargo, nem gostava do cheiro da primavera
auspiciava por um inverno a mais, pela chuva de maio, o tempo que já passou por aqui, mas que deve voltar
e eu só queria abrir a mão e estender um presente em palavras gritadas em alto relevo, desenhadas nos dedos, em choque, palavras ecoadas em gotas de chuva... nunca sei pra onde devo olhar nessas horas, nunca penso em um caminho pra seguir... trocava de musica a cada 3 segundos, ouviu, re-ouviu e nem ao menos sabia sobre o que estava ouvindo, nunca dei muito importância pra vida.
talvez eu devesse me esforçar mais, talvez eu devesse tentar ser alguém, talvez eu só devesse querer alguma coisa, já seria um começo, é isso, vou começar... construir um escorrega, um balanço, e transformar os velhos pensamentos adultos, no primeiro grito de alegria, tirar as rodinhas da bicicleta e pedalar ladeira acima, descobrir que o que eu quero, é contemplar uma infinita paisagem...  se possível "num invernico" de novembro. 

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