sábado, 17 de julho de 2010

pareço te odiar?

Parece sempre distante e eu escuto sua vóz meio sem entender
É rapido e baixo seu falar, suspiros que não compreendo gritos que me atormentam
Aquela péle que parece tão pura, com olhos tão sujos, sinto um medo quase vulgar
Medo de estar tão perto como já estive, fora do compaço, fora da tom, uma dança torta, uma nota errada
Duas cores tão diferentes, um verde bobo e um castanho escuro, olhos que já estiveram perto, bocas que nunca se tocaram, vozes que não se entendem e um ódio tão perto do amor
Faço-me calar, pois me sinto cego, euforico, errado, culpado, com dor e mudo porque hoje amanheceu um dia escuro, mas lembro do brilho nos olhos e isso me faz lembrar da vóz que eu não entendo, uma palavra e logo volto a te odiar.

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