sábado, 9 de junho de 2012

A foto de um sol que brilhava enquanto o resto do mundo se fingia de morto...


Quando olhava pra ela sentia como se o mundo fosse parar, podia ouvir sua respiração sem querer, via nos olhos um mel escuro feito de puro e doce sabor...

Respirava fundo tentando sentir seu cheiro e ele não vinha, não vinha para meu desespero, eu queria saber que cheiro tinha, queria saber se era cheiro de flor, se era cheiro bom de terra molhada, se era cheiro de chuva gelada no verão, ou de uma ducha quente no inverno...

O sol brilhava forte tornando a pele clara em palavras de amor, mas que amor era esse que eu não tinha? Amor de menina, criança, brincando de infância sem perceber dos problemas do mundo, amor de mulher madura, mulher esperta que sabe que certa a vida não é, amor simples contando de passo em passo a distancia entre um abraço e um sorriso...

Quem sabe um dia se o mundo parar eu pare de olhar, quem sabe quando não tiver mais som, nem cor, as flores se queixem que não vêem sua própria beleza, quem sabe eu estenda os pares de mãos, conte os passos e não conte nenhum, e de amores saberei qual cor, saberei o cheiro, sentirei o sabor, quem sabe um dia os olhos se encham de vida e um sorriso se mostre pra mim, uma mão apareça e meu sonho padeça em domingo qualquer... E eu ainda vou lembrar, que em teus olhos um mel escuro para abraçar. 

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