quarta-feira, 23 de maio de 2012

ruas

de tijolos amarelos, de chão batido, de coração partido... rua por onde corre o sangue, rua que leva até o coração...
essa rua quase sem morada, rua sem casas, pessoas dormindo nas calçadas, umas por cima das outras para se esconder do frio, rua la de casa, cheia de perfume das plantas, rua lá de fora cheia de folhas das arvores que a cercão, rua lá da minha vida, onde ninguém sai pra caminhar no fim da tarde, que ninguém usa pra ir pro serviço, tem só um pedágio lá no fim, mas é pra garantir que o dano causado por quem entrar na minha casa, seja pago com um pouco de carinho.
isso, na rua lá do meu coração você pode andar de mãos, pulando como um bobo, pode até ficar sentado esperando um brisa qualquer, na rua do meu coração os tijolos são da cor que você pintar e por mais que eu queira, a minha rua, não é nada sem alguém pra passear nela, na rua lá da minha vida, você pode entrar, e se bem tratar o senhor vivendo e resmunguento que mora na casa "o coração em brasa" da rua tu terás a cor que der, os frutos que quiser, o teu perfume eu espero, e um lugar pra descansar no meu peito.

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