terça-feira, 18 de dezembro de 2012

pintada como arte de uma menina em um quadro...

tudo que eu tinha visto até ali era moldura,
como as nuvens as vezes molduram o céu,
eu via a tela atras do vidro, duas telas, dois vidros,
moldura que cobria o sorriso, que tipo de tinta? porque não escorre no calor...
e deixava a moldura de lado, quadro pintado a mão, retocado, feito ao próprio afago de um coração...
me intriga o que eu não conheço, o que eu não entendo, me intriga o que eu não consigo ver...
eu posso sentir tantos cheiros... ver o colorido, ver o preto e branco, posso ver a tinta, com amizade posso até deixar o carinho tocar o quadro, mas não entendo.
com tantos quadros por ai, tantas fotos de paisagem, e eu capaz de passar a madrugada olhando este rosto em tela, com alguns sorrisos, alguma vontade secreta.
não entendo a vontade da tinta em você, admiro a moldura que me desperta interesse, nos seus sons ecoando, quando sai andando e batendo por ai.
quadro vivo, em arte, em parte, quadro se parte? diz que eu mereço, curioso e cheio de duvidas permanecer.
vais recolocando as cores, mudando as tintas, e por minha vontade tirava a moldura e olhava os detalhes dentro das lentes, quadro, fardo meu, quebrado eu, ouvia teu gritar policromático e não entendia uma só palavra... quadro instigante, com sua permissão, gostaria de ficar um tempo, olhando, sentindo, sem falar nada. respirando a arte em você.

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